Em 1603 as terras da região foram concedidas como sesmarias a Manoel Gomes e Diogo Montarois que nelas plantaram canaviais, abriram caminhos e construíram engenhos de açúcar.
Registros do século passado assinalam a presença de cafezais, um prédio assobradado, animais, escravos e engenhos pertencentes às fazendas Espírito Santo e Mata-Fome que, quando compradas pelo Conde Modesto Leal, em 1916, tinham os nomes de fazenda Dona Eugênia e São Felipe.
Verificou-se a utilização da madeira Tapinhoã na execução de elementos construtivos da sede da Fazenda Dona Eugênia, remetendo à provável existência dessa espécie na região. Trata-se de madeira duríssima, incorruptível e rara. Era utilizada em substituição ao carvalho europeu, no reparo das embarcações portuguesas que aqui chegavam danificadas pelas tormentas. Por sua importância, o corte da madeira era reservado à Coroa Portuguesa.
A cultura do café perdurou até fins do século XIX, quando o uso destes espaços, predominantemente agrícola, reorienta-se no sentido da rápida urbanização.
A chegada a Bangu do Ramal Santa Cruz da Estrada de Ferro Central do Brasil, em 1890, e a implantação da fábrica da Companhia Progresso Industrial do Brasil, em 1893, são marcos do processo de estruturação urbana. A Fábrica Bangu, como ficou conhecida, além de ampla disponibilidade de terras baratas para suas instalações, necessitava de um grande número de trabalhadores residindo próximo ao local de trabalho. Para isso, adquiriu três grandes fazendas, onde se estabeleceram as vilas de técnicos e operários da fábrica, que deram início ao surgimento do populoso bairro de Bangu.
A necessidade de captação d’água levou a fábrica a construir um reservatório na Serra do Mendanha, acompanhado de um aqueduto. Este reservatório ficou conhecido como “Caixinha” e se transformou em ponto de referência do Maciço para os habitantes da região. A “Caixinha” foi durante muito tempo utilizada como área de lazer para os dirigentes da Fábrica Bangu, pelas belezas naturais do local.
No início do século XX, Bangu já contava com 6.000 habitantes. Ao longo deste século, o parcelamento foi intensificado. A ligação com o Centro pela via ferroviária, somada à construção da antiga Estrada Rio-São Paulo, em 1930, e da Avenida Brasil (esta, em 1946) propiciou à região uma melhoria de acessibilidade que para lá atraiu uma população que não tinha condições de arcar com os custos da habitação em áreas mais próximas ao Centro.
Desta forma, a partir de meados do século XX intensificou-se a ocupação da Zona Oeste da cidade. Esta ocupação foi em parte impulsionada pelo Poder Público, principalmente através da construção de conjuntos habitacionais destinados aos moradores de favelas removidas da Zona Sul, e em parte pelos investidores imobiliários através da implantação de loteamentos clandestinos e irregulares, resultantes do fracionamento de glebas de antigas fazendas, que se tornaram a principal forma de produção de moradias nesta área da cidade.
A implantação dos loteamentos teve como característica a precariedade no tocante à dotação de infra-estrutura, o baixo nível de renda dos ocupantes e um alto grau de degradação do meio ambiente a exemplo de outras áreas da cidade.
A urbanização torna-se, então, responsável pelo aumento da pressão antrópica sobre os já degradados ecossistemas locais que, desde os ciclos agrícolas do Brasil colonial, vinham sofrendo suas conseqüências negativas, apesar da existência de algumas medidas preservacionistas (em geral atentando para a escassez dos recursos hídricos na cidade), que repercutiram no Maciço do Mendanha e nas demais serras da região.
A criação do Parque Natural Municipal do Mendanha veio de encontro ao interesse da antiga proprietária dos terrenos, a Companhia Bangu de Desenvolvimento e Participações, que, há mais de 100 anos, possuía uma gleba de 6.500.000m2, conhecida como Floresta do Mendanha.
Ao longo deste século, a Cia. Bangu impediu a ocupação em sua propriedade, possibilitando a preservação da maior reserva de mata primária da cidade. Um outro fator que levou à adesão da Fábrica Bangu ao movimento pela criação do Parque foi sua situação financeira, marcada, no início da década de 90, por dívidas e hipotecas de seus pertences. Por este motivo, pretendia vender a sua propriedade à Prefeitura.
Em 1995 iniciaram-se as negociações com o Município, por meio de operação triangular envolvendo também o Banco do Brasil, a quem a Fábrica havia hipotecado os terrenos.
Segundo esta proposta, o Banco do Brasil havia se comprometido de receber, como forma de pagamento, a área do Parque e de vendê-la, pelo mesmo valor, ao Município do Rio de Janeiro, que pagaria na forma de créditos a serem abatidos dos valores de Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU, recolhidos nos anos seguintes.
Os proprietários da Fábrica Bangu abriram então seus portões, permitindo e incentivando a visita de políticos e líderes comunitários, promovendo caminhadas com grupos ecológicos e protetores do meio ambiente, convidando autoridades interessadas na criação do Parque, como forma de angariar apoio à sua criação.
Até meados do ano de 1997, a situação de aquisição da parte da Fábrica Bangu incluída na delimitação legal do Parque Ecológico do Mendanha, não havia sido resolvida. Em 2001 essa área foi adquirida pelo Município para implantação do Parque.
INÍCIO
Tudo começou no ano
1673, quando
Manuel de Barcelos Domingues, um dos primeiros povoadores da cidade do Rio de Janeiro, construiu uma capela particular em sua Fazenda Bangu, primitivamente Engenho da Serra e daí teve início a vida progressista do bairro. A
Companhia Progresso Industrial do Brasil, adquiriu mais tarde a posse dessas fazendas, onde fundou a fábrica que deu origem a evolução de Bangu.
Quando a fazenda Bangu foi comprada pela Companhia Progresso Industrial do Brasil, havia na região apenas uma rua, a
Estrada Real de Santa Cruz, que foi aberta para permitir a comunicação com as Sesmarias dos
Jesuítas (chamou-se originalmente caminho dos Jesuítas), que se estendiam pelo litoral até as proximidades de
Itaguaí.
Hoje, nesta rua, encontramos os marcos históricos (lápides de concreto) que serviam para demarcar a distância, em léguas, que o Imperador
Dom Pedro I percorria para encontrar a sua amada, a
marquesa de Santos, desde que deixava sua residência, na
Quinta da Boa Vista, até chegar a
São Paulo. Eles também serviam para parar e descansar depois de horas andando a cavalo.
É de se imaginar que a ferrovia foi imprescindível para intensificação da urbanização e ocupação das áreas, não só de Bangu, mas das demais áreas da
Zona Oeste carioca, uma vez que tornou possível o transporte de produtos e pessoas até a região, que até em tão se mantinha praticamente isolada do centro urbano da cidade, tanto pela grande distância, quanto pelas barreiras físicas naturais encontradas (Os maciços da
Pedra Branca e do
Gericinó) que dificultavam o percurso. A inauguração do
ramal ferroviário de Santa Cruzocorreu em
2 de dezembro de
1878, sendo sua primeira estação a de
Deodoro, que foi inaugurada em
8 de dezembro de
1859, posteriormente vieram a de
Realengo (1878) e de Bangu (
1890), e mais tarde as demais estações. Então, com a inauguração da ferrovia, a ocupação foi se intensificando e núcleos urbanos foram surgindo em torno dela, trazendo também o estabelecimento de empreendimentos que tiveram atuação decisiva no processo de ocupação, expansão e desenvolvimento da região, no caso de Bangu, a
Fábrica de Tecidos Bangu.
Bangu cresceu com todas as características de um bairro proletário, onde os primeiros patrões foram os ingleses. Bangu foi um bairro planejado para funcionar atendendo a Companhia Progresso Industrial do Brasil (Fábrica de Tecidos Bangu), que por muito tempo exportou a marca Bangu para todo o mundo.
Todo este crescimento favoreceu a população uma boa qualidade de vida, onde a fábrica financiava para todos os seus empregados casas construídas com materiais que na sua maioria vinham da
Europa, como os primeiros tijolos maciços, as telhas, as madeiras de pinho de riga da
Suécia, etc, mantendo sempre o modelo de arquitetura
inglesa em todas as suas construções.
BAIRRO 40°
O bairro mais quente do Rio De Janeiro é muito conhecido pelas altas temperaturas que, no verão, ultrapassam os 40°C. Até hoje, o recorde oficial de menor temperatura já registrada na Cidade do Rio de Janeiro deu-se no Campo dos Afonsos (4,8 °C), em julho de 1928, e o de maior, em Bangu (43,2 °C), em janeiro de 1984.
SUB BAIRRO - VILA KENNEDY
No que tange à cultura, na vila Kennedy estão localizados a
escola de sambaUnidos da Vila Kennedy, o teatro Mário Lago (Rua Jayme Redondo s/nº) e a praça
Miami que, aos finais de semana, apresenta atrações.
A verba usada para erguer as casas populares da Vila Kennedy veio da
Aliança para o Progresso, programa criado pelo então presidente estadunidense
John Kennedy. Daí, o nome da vila, que a princípio se chamaria Vila Progresso e que acabou por receber seu nome atual como forma de homenagear o presidente Kennedy, falecido em
1963, um ano antes da inauguração da vila.
A vila recebeu os moradores da extinta
favela do esqueleto, onde foi erguida a Universidade do Estado da Guanabara, atual
Universidade do Estado do Rio de Janeiro -
UERJ, no bairro do
Maracanã e os moradores do Morro do Pasmado, no bairro de
Botafogo, além dos moradores da favela da praia do Pinto, na Lagoa e os da favela de Ramos. No entanto, a Vila Kennedy possui também pessoas com boas condições financeiras.
CRONOLOGIA
1673 – Manoel de Barcelos Domingues constrói uma capela particular em sua Fazenda do Bangu onde ficava o Engenho da Serra.
1740 – João Manoel de Melo recebeu por sesmaria a Fazenda do Bangu.
1743 – João Freire Alemão comprou da viúva de João Manoel de Melo a Fazenda do Bangu.
1798 – Dona Anna Francisca de Castro Morais e Miranda é donatária da Fazenda do Bangu.
1870 – Manoel Miguel Martins (Barão de Itacurussá) é o novo proprietário da Fazenda do Bangu.
1877 – Marcos José Vasconcelos é o proprietário da Fazenda Retiro.
1889 – No dia 6 de fevereiro, por deliberação da Assembleia dos Acionistas, foi constituída a Companhia Progresso Industrial do Brasil (CPIB).
A região da Freguesia de Campo Grande foi escolhida para a implantação da Fábrica de Tecidos por haver grandes manciais indispensáveis ao seu funcionamento.
Foram comprados cerca de 3.600 hectares de terra a saber; Fazenda do Bangu, Fazenda do Retiro, Sítio do Agostinho e Sítio dos Amaraes pela quantia de 132.137$910 Réis.
Toda Essa região fica a margem da Estrada de Ferro Central do Brasil, distante cerca de 1 hora do Centro. A construção da Fábrica entregu à firma The Morgan Snell and Co. da praça de Londres, pelo preço total de 4.100.00$000 Réis.
A primeira Diretoria ficou assim constituída: Presidente: Estevão José da Silva Secretário: Antônio Xavier Carneiro Tesoureiro: Manoel Moreira da Fonseca O Edifício da Fábrica será construído na área da Fazenda do Bangu, terá cerca de 18.649m² com forma retangular cujos lados medem 174,9m e 106,63 m.
A fachada da Fábrica está orientada no sentido leste-oeste e voltada para o leito da Estrada de Ferro à qual ficará ligada por um ramal partindo da Estação Bangu, com 400m de extensão e terminando no pátio central, junto aos depósitos e armazéns.
O prédio foi inspirado num padrão de arquitetura industrial tipicamente inglês denominado Britânica Manchesteriana que caracteriza-se por apresentar fachadas com tijolos aparentes vermelhos, de estrutura sóbria e pesada em planos simétricos Comprado também os sítios Agostinho e Amaraes.
1890 – É inaugurada a Estação de Bangu da Estrada de Ferro Central do Brasil.
A primeiro de junho foi reconstruído um engenho que estava em ruínas na Fazenda do Retiro.
Começou a construção da chaminé da Fábrica que terá 57m de altura, 4,12 m de diâmetro na parte inferior e 2,44 m na parte superior. A base octogonal mede 7,45 m entre as faces paralelas. 1891 – Chegam os técnicos têxteis ingleses contratados pela Fábrica Bangu..
Surge o primeiro núcleo comercial no Marco 6 com os comerciantes Sabino Moura, Teobaldo Molica e Emílio Pavão.
Concluído o encanamento desde o reservatório do Guandu até a Fábrica.
Comprado o Sítio do Padre Telêmaco de Souza Velho e mais a cachoeira pela quantia de 1.500$000 Réis.
1892 – É Fundada a Sociedade Musical Progresso de Bangu, a 24 de janeiro.
Concluído o edifício e assentada toda a maquinaria A Diretoria tomou conta da Fábrica para experimentá-la, no dia 11 de julho. 1893 – A 8 de março teve lugar a inauguração da Fábrica com uma festa honrada com a presença do Vice-Presidente da República, Marechal Floriano Peixoto e do Prefeito do Distrito Federal.
Iniciada a construção da Vila Operária com 95 casas na Rua que seria denominada Estevão. (atual Cônego de Vasconcelos).
O pessoal ativo em 31 de dezembro era: Homens – 310 Mulheres – 171 Meninos – 165 Meninas – 99 Mais de 800 teares estão em movimento. 1895 – É criada a Banda de Música dos Operários da Fábrica.
Com a renúncia do Comendador Estêvão José da Silva a Diretoria ficou assim: Presidente: Manoel Antônio da Costa Pereira Secretário: Eduardo Gomes Ferreira Tesoureiro: José Clemente de Carvalho
1896 – A chaminé da Fábrica está apresentando algumas fendas nas paredes e busca-se uma solução.
1897 – Com a renúncia do Tesoureiro José Clemente de Carvalho tomou posse em seu lugar o Sr. João Ferrer.
Para escoamento das águas foi aberta uma vala entre os quintais das casas das Ruas Estevão e Fonseca.
1900 – O antigo Engenho da Fazenda Retiro foi demolido e construído um novo com o nome de Santo Antônio.
O engenho produzirá aguardente, açúcar, farinha de milho, farinha de trigo, farinha de mandioca, polvilho, descasque de arroz, o fubá e o açúcar serão doados aos operários.
Para melhor escoamento do produto a Fábrica construiu uma linha de trem de bitola estreita ligando o engenho ao leito da Estação de Bangu.
Uma pequena máquina a vapor e dois vagões que cruzando o pequeno rio existente próximo à Estação de Bangu onde foi construída a ponte São João.
Na Fazenda Retiro em uma elevação qual uma meia laranja está sendo construído um chalé medindo 16m de lado para a residência do administrador.
Foi cedida uma casa na Fazenda Bangu onde funcionará a Caixa Beneficente dos Operários dirigida pelo médico Francisco Borges e o farmacêutico Altamiro de Oliveira
1901 – O professor Timóteo Ribeiro de Andrade cria o primeiro grupo escolar em sua residência que será chamada Ribeiro de Andrade.
1903 – O professor Jacinto Alcides também leciona em sua residência na Rua do Comércio, que mais tarde receberá o seu nome. É fundado o Grupo Carnavalesco Flor de Lira.
1904 – Um grupo de operários ingleses e brasileiros fundaram o "The Bangu Athletic Club", em 17 de abril.
O prédio que a Fábrica está construindo para ser uma cooperativa será transformado em uma escola para os filhos dos operários e receberá o nome de Presidente Rodrigues Alves.
Foi feita a recuperação da chaminé com a colocação de 34 cintas de aço em toda sua extensão. Para executar esse trabalho foram contratados 3 homens na Inglaterra especializados no assunto.
1905 – Um grupo de operários fundaram o "Esperança Football Club", em 20 de Setembro.
Inaugurado pela Fábrica Bangu a escola para os filhos dos operários denominada Presidente Rodrigues Alves, em 30 de junho e o seu diretor é o Professor Jacintho Alcides.
Com o perigo de ruir o galpão na rua Fonseca onde era a sede da Sociedade Musical Progresso de Bangu, a Fábrica começou a construir uma nova sede na Rua Estevão (Rua Ferrer).
1906 – Com um jogo entre operários é inaugurado o Campo do Bangu Athletic Club, situado na Rua Ferrer (antes chamada de Rua Estevão e mais tarde chamada de Rua Cônego de Vasconcelos).
Comprado o prédio da Rua Primeiro de Março, número 38 onde será o escritório central da Fábrica Bangu.
Iniciada a busca de novos mananciais na Serra de Bangu a cargo do Engenheiro Orozimbo do Nascimento. Famoso pela construção de Belo Horizonte.
Em dezembro completaram o primeiro ano do curso escolar os seguintes alunos: Antônio Carregal, José de Barros, Henrique Torrentes, Hermenogildo Guimarães, Francisco Nascimento, Horácio Carvalho e Noberto Santana.
1907 – A 2 de fevereiro é fundado o Grêmio Philomático Rui Barbosa, uma casa de cultura, com sede numa casa da Vila Operária na esquina da Rua Estevão com a Estrada Rio-São Paulo (Av. Cônego de Vasconcelos com Rua Francisco Real).
Inaugurado no dia 1° de maio o prédio que abrigará a Sociedade Musical Progresso do Bangú que passa a chamar-se Casino Bangu. O prédio é o do n° 127 da Rua Estevão (atual Av. Cônego de Vasconcelos).
Construídas duas represas e um reservatório com capacidade para 550 mil litros de água situado na região do Rio da Prata a 350 metros acima do nível do mar, com volume d’água captado em 24 horas igual a 5.200.000 litros.
A primeiro de maio foi inaugurada a sede da Sociedade Musical Progresso de Bangu construída pela Fábrica Bangu, na Rua Estevão, 127. A Sociedade Musical passa a chamar-se Casino Bangu.
Criado o Sindicato dos Trabalhadores em Fábrica de Tecido, da União dos Operários em Fábricas de Tecidos.
1908 – Criado o Curato de Bangu e a Paróquia de São Sebastião e Santa Cecília.
Iniciada pela Fábrica Bangu a construção da Igreja em Bangu. Chega a Bangu o primeiro Paróquo, Dr. Vítor Maria Coelho.
O Casino Bangu adquire um cinematógrafo Pathé e faz exibições de cinema para os seus associados.
Concluído todo o serviço de captação d’água do Rio da Prata sob a direção do Sr. Joan Vidal, dedicado técnico francês no setor de hidráulica.
Concluída a canalização desde aquele local até o reservatório de forma octogonal construído na Rua da Usina próximo a pedreira.
Junto ao reservatório foi construído um prédio de 5 metros de lado que abrigará uma Roda Pelton que acionada pela queda da água gerará energia elétrica para as seções de gravura, estamparia e para a casa dos operários.
A Fábrica Bangu esteve presente na exposição Nacional da Indústria montando na Praia Vermelha um belo pavilhão todo de madeira.
Os vários tecidos expostos foram muito apreciados fazendo jus aos prêmios: Tecidos: Grande Prêmio Gravura Mecânica: Medalha de Ouro Triconia: Medalha de Ouro
1909 – A 9 de março foi inaugurado o Grupo Carnavalesco Prazaer das Morenas.
A Fábrica recebeu a visita do Vice_Presidente da República Nilo Peçanha.
Com festas nos dias 9, 10 e 11 de maio a Paróquia é entregue ao Público.
1910 – É oficialmente inaugurada, a 10 de março, a Igreja de São Sebastião e Santa Cecília. Na missa inaugural estiveram presentes o Comendador Costa Pereira, Presidente da Fábrica Bangu, e sua esposa que doaram a imagem de Nossa Senhora, que foi colocada no centro do altar.
Iniciada a construção de um prédio anexo ao da Fábrica para expansão de algumas seções.
Para facilitar o transporte de passageiros e cargas a Fábrica inicia a construção da circular possibilitando que alguns trens retornem de Bangu.
1911 – O Bangu Athletic Club vence o campeonato Carioca de Futebol (Série B).
1913 – Inaugurado o cinema Ítalo-Brasil, mais tarde Recreio, no Marco 6, os proprietários eram os irmãos Pedro e Bartholomeu Rugiero.
Inaugurada no Marco 6 A Igreja Evangélica Brasileira.
Totalmente construído o prédio anexo ao lado direito da Fábrica para abrigar mais 6 seções.
1914 – Pela segunda vez o Bangu Athletic Club vence o campeonato Carioca de Futebol (Série B).
1916 – Começa a ser instalada a rede de esgotos nas casas dos operários.
Em virtude da guerra na Europa surgem algumas dificuldades com a navegação marítima que traz matéria-prima para a Fábrica
1917 – A Escola Presidente Rodrigues Alves é doada à Prefeitura do Distrito Federal e passa a chamar-se Martins Junior.
Criado o Sindicato dos Trabalhadores Tecelões.
1918 – Pela primeira vez o "Esperança Football Club" vence o campeonato Carioca de Futebol (Série C).
1919 – Inaugurada a Igreja Evangélica na Rua Silva Cardoso.
Pedem demissão do Cargo o Presidente Costa Pereira e o Diretor Secretário Sr. João Ferrer.
1920 – Os irmãos Rugiero fecham o Cinema Recreio e inauguram o cinema Bangú na Rua Estevão.
Inaugurado o Centro Espírita Luz e Amor, na Rua Silva Cardoso.
Inaugurado o Centro Espírita Pedro de Alcântara na Rua Ribeiro Dantas.
Inaugurado o Centro Espírita João Batista na Estrada do Engenho.
Inaugurada a Ação Cristã Vicente Moreti, na Rua Maravilha.
1921 – Acréscimo e melhoramentos nos prédios da Igreja e da Escola.
1922 – O Dr. Manuel Guilherme da Silveira Filho é o novo Diretor-Presidente da Fábrica.
1925 – Inaugurado o Grêmio Literário Rui Barbosa em Substituição ao Grêmio Philométrico.
1926 – A Fábrica recebe a visita do Presidente da República Washington Luiz e do Deputado Júlio Prestes e lhes oferece um banquete no Casino Bangu.
1929 – O prédio que servia de sede ao Casino Bangu foi retomado pela Fábrica. O Casino mudou-se para a Rua Fonseca, no mesmo local aonde se encontra hoje a sua moderna sede. É criado o departamento Territorial.
O Presidente Dr. Guilherme é licenciado para exercer o cargo de Presidente do Banco do Brasil.
1931 – O prédio onde funcionava o Casino passa a ser a sede do Bangu Club, recentemente criado por um grupo de operários.
1932 – A 17 de abril é inaugurada a Igreja Presbiteriana de Bangu, na Rua Júlio César.
1933 – O Bangu Athletic Club conquista o primeiro campeonato de Futebol Profissional realizado no Rio de Janeiro.
Com uma subestação inaugurada na Rua Progresso, atual Rangel Pestana, a Light passa a distribuir energia elétrica em Bangu.
Fundado o Ceres Futebol Clube, com, sede e campo na Rua da Chita.
A Fábrica fica parada por 45 dias em virtude de uma greve.
1935 – Em terreno doado pela Fábrica, na Av. Santa Cruz, é inaugurada a Escola Getúlio Vargas.
Toma posse na Fábrica como Administrador o Sr. Manoel Soares de Vasconcelos que chefiava o escritório Central.
A Fábrica recebe a visita do Presidente Getúlio Vargas que admirou-se ao ver o seu retrato sendo tecido por um operário.
Um banquete no Salão do Bangu "que é o centro de diversões dos nosso operários", foi oferecido ao Presidente.
Foi inaugurada a Agência da Caixa Econômica em prédio doado pela Fábrica na esquina da Rua Fonseca com Francisco Real.
Uma tromba d’água que caiu na região do Guandu causou grandes danos ao reservatório.
1937 – A 15 de novembro é fundado o Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos de Bangu.
Inaugurada a primeira agência da Caixa Econômica Federal em uma casa cedida pela Fábrica, na esquina da Rua Fonseca com Estrada Rio-São Paulo, atual Rua Francisco Real.
1938 – Chega a Bangu o Pres. Getúlio Vargas para inaugurar o Centro de Saúde e Hospital Almeida Magalhães para tratamento de tuberculose, construído em terreno doado pela Fábrica.
O Presidente Getúlio Vargas também inaugura uma placa de bronze no Centro de Saúde na Rua Silva Cardoso, n° 145.
1939 – O Bangu Athletic Club passa a ter sua sede onde funcionava o Bangu Club que foi extinto.
O Engenheiro Dr. Guilherme da Silveira Filho, Dr. Silveirinha, é investido da função de chefe do Departamento Territorial da Fábrica.
1940 – A Fábrica faz doação de terrenos para a instalação do Hospital Guilherme da Silveira, para 19ª Divisão de Viação e para a limpeza Pública.
1942 – Inaugurada a Escola do SENAI, hoje Colégio Leopoldina da Silveira, em prédio doado pela Fábrica, na Rua da Feira.
Começa a construção dos núcleos residenciais para os operários e 114 casas já estão construídas.
Iniciada a construção do prédio para o Departamento Territorial.
1943 – Iniciada a construção da Escola Têxtil conforme acordo com o SENAI, situada na Rua da Feira.
1944 – Inauguração da Creche Modelo e dos Ambulatórios de Medicina e Cirurgia.
1945 – Em janeiro é inaugurada a Igreja São Lourenço, na Av. Ministro Ary Franco.
1947 – A 23 de setembro foi inaugurado o Centro Espírita Prece aos Sofredores, passando mais tarde a ter sua sede na Rua dos Tintureiros.
A 15 de novembro é inaugurado o novo campo do Bangu Athletic Club, Estádio Proletário Guilherme da Silveira (Moça Bonita), construído pela Fábrica.
1948 – A Fábrica recebe a visita do Presidente Eurico Gaspar Dutra. Após banquete que lhe foi oferecido no Salão do Bangu o Presidente foi conhecer o Estádio Proletário. 1949 – A 22 de setembro é inaugurada a Obra de Assistência a Infância de Bangu idealizada pelo Dr. Antônio Gonçalves da Silva, na Rua Silva Cardoso.
1951 – Inaugurado o Ginásio Daltro Santos.
1952 – A alta qualidade dos tecidos Bangu, a variedade e a beleza dos padrões são comprovadas nos grandes desfiles realizados nas principais cidades do país. A marca Bangu começa a projetar-se internacionalmente.
1966 – Pela segunda vez o Bangu Athletic Club vence o campeonato Carioca de Futebol.
1968 – A 14 de fevereiro é fundada a Associação Comercial e Industrial da Região de Bangu – ACIRB.
1969 – A 15 de outubro é fundado o Lions Clube Bangu.
1979 – Inaugurado o Fórum na Rua Silva Cardoso.
1983 – Inauguração do Monumento dos Pracinhas, na Praça da Fé.
1985 – Bangu Atlético Clube torna-se vice-campeão Carioca e Brasileiro.
1987 – Bangu Atlético Clube torna-se Campeão da Taça Rio de forma invicta.
1990 – Pela primeira vez o "Ceres Futebol Clube" vence o Campeonato Carioca de Futebol (Série C).
A Fábrica é vendida ao Grupo Dona Izabel.
1991 – A 22 de abril é inaugurado o Calçadão na Av. Cônego de Vasconcelos.
Inaugurado o CIEP Célia Martins Mena Barreto em junho.
1994 – Inaugurado o Centro Cultural da Região de Bangu, em 24 de maio, com sede na Rua Silva Cardoso.
Inaugurado o CIEP Dr. Guilherme da Silveira no Jardim Bangu, em outubro.
Inaugurada a nova agência do Banerj, em 7 de novembro, no calçadão.
A 12 de novembro é inaugurado o Viaduto Valdemar Vianna em Padre Miguel.
1995 – Decreto de 10 de maio determina o tombamento definitivo da Fábrica Bangu.
2004 – Em 22 de novembro o prefeito César Maia cria por decreto o bairro de Gericinó. O bairro originalmente fazia parte do bairro de Bangu. Centenário do Bangu Atlético Clube. Reinaugurado o Calçadão de Bangu, e inauguração do busto Domingos da Guia.
2007 – Em 30 de outubro as instalações da Fábrica Bangu tornam-se o Shopping Bangu.
2008 – Pela terceira vez o Bangu Atlético Clube vence o Campeonato Carioca de Futebol (Série B).
2010- As obra de urbanização Da Nova Aliança-Bangu
2011 - A volta do Boêmios de Vila Aliança para o Carnaval .
AGRADECIMENTOS E REFERÊNCIAS:
Instituto Iguaçu Pesquisa e Preservação Ambiental;
GEHNAT;
Francisco Alves de Carvalho e
Yoshiaru Saito
Wikipédia Enciclopédia Livre
http://mail.camara.rj.gov.br/APL/Legislativos/contlei.nsf/b24a2da5a077847c032564f4005d4bf2/17e66510d767e9e6032576ac0072eae4?OpenDocument
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